
“PROMESSA DE UMA PESCA ABUNDANTE ENTRE OS INDIGENAS DO BRASIL”
“E, quando acabou de falar, disse a Simão: Faze-te ao mar alto, e lançai as vossas redes para pescar. E, respondendo Simão, disse-lhe: Mestre, havendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos; mas, sobre a tua palavra, lançarei a rede. E, fazendo assim, colheram uma grande quantidade de peixes, e rompia-se-lhes a rede. E fizeram sinal aos companheiros que estavam no outro barco, para que os fossem ajudar. E foram, e encheram ambos os barcos, de maneira tal que quase iam a pique.”
Lucas:5.4-7
Esse mês propomos explorar o potencial que a igreja indígena tem e
consequentemente unir todas as etnias na mesma visão. Seja o indígena, o seu vizinho ou o estrangeiro precisamos anunciar o amor de Deus com o objetivo de levar a todos o Salvador Jesus Cristo.
A Terceira Onda Missionaria – Conhecida como “Onda Indígena” representa um grande passo nessa trajetória. Em resumo refere-se a evangelização do indígena pelo próprio Indígena. A capacitação de pessoas dentro de sua cultura para levar o Evangelho. E queremos ressaltar que em parceria com as igrejas, principalmente nacionais, a onda missionaria indígena tem sido forte, e mesmo com suas limitações, já atendem outros povos de outras etnias. Isso graças a algumas igrejas locais indígenas já estabelecidas e parceiros atuantes.
Dos dias 12 a 15 de julho foi realizado o segundo Congresso Geral Indígena em nossa denominação na tribo Mawés no Amazonas, com a presença de várias tribos e lideranças indígenas, foram ali consagrados 4 pastores, o Pr. Tumi que e o único cristão da tribo Matiz uma tribo indígena do Vale do Javali, dois pastores Sateres e um pastor Sanuma. Foi firmada uma parceria com a quarta região, tivemos também uma doação de cerca de R$ 6.000,00 para a reforma do barco indígena em Mawés e a compra de motor serra.
Atualmente nos temos trabalhos em Satere-Mawes/AM com o Pr. Leonardo Andrade e sua família, Pr. Elmes Chachari na tribo Umariaçu I –Tikuna/AM, Pr. Vitor Hugo e família com os Indios Pataxos/BA, Pr. Andre Pereira e família na tribo Tikuna/AM e Pr.Magno e família com os indígenas do Peru da tribo Tikuna-Peru.
“EU MISSIONÁRIO:
COMPARTILHANDO A ESPERANÇA EM SUA PRÓPRIA LÍNGUA”
“Depois disso olhei, e diante de mim estava uma grande multidão que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, de pé, diante do trono e do Cordeiro, com vestes brancas e segurando palmas.
E clamavam em alta voz: ‘A salvação pertence ao nosso Deus, que se assenta no trono, e ao Cordeiro’”. Apocalipse 7:9,10
O universo indígena possui grandes desafios, muitas são as necessidades para desenvolver um trabalho missionário relevante entre esse grupo minoritário de nosso país, entretanto, a tradução das Escrituras na língua materna do público alvo é sem dúvida um dos maiores. Tornando-se então um objetivo a ser alcançado.
Hoje no Brasil existem cerca de 344 Etnias Indígenas, 250 reconhecidas oficialmente, 28 isoladas e 66 a pesquisar. Existem 111 etnias urbanizadas ou em processo de urbanização: Eles estão em busca de educação formal em português, proximidade a uma melhor assistência de saúde, acesso a produtos assimilados (roupas, alimentos, tecnologias, entretenimento e álcool), em busca de uma melhor subsistência.
Como já mencionamos, apenas 250 povos são reconhecidos oficialmente, sobre os quais temos informações. Desse total, quanto a evangelização, apenas 19 foram classificados como alcançados, 67 como menos alcançados (PMA) e 164 como não alcançados (PNA). É importante salientar que um povo, mesmo que conte com a presença de missionários, que possua ou não a Bíblia ou parte dela traduzida na língua nativa e que tenha certo número de convertidos, será classificado como povo não alcançado caso o número de convertidos seja inferior ou igual a 2% de evangélicos em relação a população total do grupo.
Dos 164 povos classificados como não alcançados (PNA), 65 são engajados, ou seja, existe alguma iniciativa missionária em andamento entre eles, e 99 são não engajados (PNE). É possível que dentre os 99 povos não engajados atuais (2018), alguns já tenham tido contado com o trabalho missionário no passado por algum tempo, e por algum motivo não houve continuidade. Também são considerados não engajados os grupos que contam apenas com algum tipo de assistência esporádica, não duradoura.
AS LÍNGUAS TRADICIONAIS E A TRADUÇÃO DA BÍBLIA
O ano de 2018 ganhou mais uma tradução completa da Bíblia para línguas indígenas no Brasil, na língua Apalaí. Agora há sete línguas que dispõem da Bíblia completa, sendo seis traduzidas no Brasil e uma traduzida no Suriname, mas também usada no Brasil, que é a Bíblia Tiryó. No Relatório Indígenas do Brasil em 2010 só haviam três Bíblias completas. Quanto ao número de Novos Testamentos traduzidos, há no momento 39, sendo 37 nacionais e 2 publicados em países vizinhos, mas que servem aos indígenas da mesma etnia no Brasil. Dos 37 nacionais, há 3 Novos Testamentos que são adaptações das traduções existentes em países vizinhos. Há projetos de tradução em andamento em várias línguas e nos próximos anos certamente teremos mais bíblias e Novos Testamentos concluídos. Quanto ao desafio, há 11 línguas com clara necessidade de tradução bíblica. Essas 11 línguas não contam com nenhum projeto de tradução no momento e carecem de iniciativas nessa área.
Fonte:
AMTB (Associação de Missões Transculturais Brasileiras)
CONPLEI (Conselho Nacional de Pastores e Líderes Evangélicos Indígenas)
Mais informações:
www.amtb.org.br
www.pesquisaamtb.org.br